quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quem produz o espaço urbano


Os agentes que fazem e refazem o espaço urbano são:

Os proprietários dos meios de produção ( Industria e Comércio).  Estes apresentam-se como grandes consumidores do espaço, necessitam de infra-estrutura e modelam a cidade.
Os proprietários fundiários são os que estão interessados no valor da troca em sobreposição ao valor do uso da terra e que fazem com que a terra tenha o uso mais remunerador possível.
Os Promotores imobiliários realizam a gestão do capital na fase de sua transformação em mercadoria, em imóvel, possuem desinteresse na produção de habitações populares, devido à baixa renda dos mesmos.
O Estado atua como proprietário fundiário, mantêm terras públicas como reserva fundiária para uso futuro, ou mesmo para negociações com outros agentes sociais;
Através de implantação e manutenção de infra- estrutura os imóveis das áreas mais nobres tornam-se cada vez mais valorizados, aumentando a segregação residencial das cidades capitalistas.
Por último, os grupos sociais excluídos que fazem parte da produção do espaço, são vitimas da segregação sócio espacial e que possuem sintomas da exclusão. Esse grupo sofre com a violência, a falta de habitação em boas condições, doenças causadas pelas péssimas condições do meio onde vivem, o baixo nível de escolaridade e o desemprego.


  Figura 1: Alphaville ( Proprietários Fundiários)


Figura2: Favela ( Grupos sociais Excluidos)


Da observação da paisagem urbana depreende-se dois elementos fundamentais: o primeiro diz respeito ao “espaço construído, imobilizado nas construções; o segundo diz respeito ao movimento da vida.
O primeiro aspecto que chama a atenção quando se observa a paisagem urbana é o choque dos contrastes, das diferenças. Contrastes de tipo e diversidade de utilização da cidade (uso do solo).
Tais diferenciações baseiam-se no fato de que o espaço urbano é antes mais nada que uma concentração de pessoas exercendo, em função da divisão social, uma serie de atividades concorrentes ou complementares, desencadeando uma disputa de uso.
Por outro lado, a produção do espaço urbano fundamenta-se num processo desigual; logo, o espaço deverá, necessariamente, refletir essa contradição.
No caso do uso produtivo do espaço, este será determinado pelas características do processo de reprodução do capital; é o caso da localização da indústria apoiada pelas atividades financeiras, comerciais, de serviços e de comunicação.
Entretanto, o modo de utilização será determinado pelo valor que, em seu movimento, redefine constantemente a dinâmica do acesso ao solo urbano.
No caso das grandes cidades, por exemplo, ocorre geralmente a deterioração do centro/ou das áreas centrais que passam a ser ocupadas por casas de diversão noturna, pensões, hotéis de segunda classe, zonas de prostituição. Isso faz com que os chamados “bairros ricos”, localizados perto das áreas centrais, sofram uma mudança para áreas privilegiadas  mais afastadas, surgindo os Barrios jardins, as chácaras, os condomínios fechados.
A população mais pobre também procura as áreas mais distantes, mas por outros motivos: os terrenos são mais baratos, falta infra-estrutura e existe a possibilidade de autoconstrução.

Luany Saviatto






 

Um comentário: