segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Paisagem Urbana
                                                            Figura 01: Cidade de New York.

Trata-se de um conjunto de elementos, que vem desde o uso do solo, do planejamento, e da execução que são edificações ou não, tendo um resultado na aplicação das regulamentações e nas sucessivas transformações ao longo do tempo, que definem o caráter de um local dentro de uma cidade. Os aspectos são dependentes da expressão e da estética que envolve coerência e organização. Todas as construções apresentam uma característica urbana, por exemplo, os edifícios, as ruas e os espaços constituem em um ambiente urbano que faz ligação aos aspectos urbanos. Cada cidade apresenta um aspecto urbano e único, assim como sua paisagem. Nas grandes construções de casas, prédios e edifícios normalmente são de concreto, porém nada impede que toda e qualquer pessoa tenha ao menos um pé de árvore, em seu jardim. Nos diversos núcleos urbanos a integração, apesar da intensa transformação que sofreram nas últimas décadas, pode ser encontrada exemplos arquitetônicos, isolados ou em conjuntos, que marcam as diversas fases da ocupação, identificando-se traços comuns. Com isso a paisagem urbana retrata formas em seu desenvolvimento: formas de Silhueta e skyline. São nesses estilos que as cidades se descortinam ao nosso olho, demonstrando como foi planejada e projetada.Um atributo importante no desenvolvimento das cidades, muitas vezes negligenciado, é o cuidado com as áreas verdes. Como a transformação da paisagem continua em ritmo acelerado, cada vez mais se perdem importantes espaços naturais ou os que ainda restantes tornam-se verdadeiras ilhas dentro da cidade. Muitos programas de desenvolvimento são criados para buscar a melhoria da qualidade de vida no meio urbano. Isso significa, necessariamente, a melhoria do meio ambiente e do equilíbrio ambiental nas áreas verdes que são elementos cruciais para alcançar o objetivo que é a ligação do meio ambiente com as construções para resultar em uma bela paisagem urbana.  

Figura 02: Favela da Rocinha - RJ.

 Priscila Pacheco

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Urbanismo

Com o final do século XIX, período pós- revolução industrial, no qual as cidades européias quase triplicam de habitantes, surgem inúmeros problemas nas cidades, que não conseguem atender as necessidades básicas para uma vida saudável, as cidades tornam-se cada vez mais insalubres e congestionadas.
Nesse contexto surge o urbanismo, para estudar entender e solucionar problemas urbanos. Num primeiro momento ele é caracterizado por tratar mais da insalubridade, conhecido como: “urbanismo sanitarista”.
Como uma solução para esses problemas, arquitetos criaram planos urbanos, como Tony Garnier, Ebenezer Howard, Le Corbusier, esses, muitas vezes utópicos, definindo o que eles acham ideal para uma cidade sem levar em consideração o aspecto tão amplo que a caracteriza.
O planejamento urbano atual engloba vários membros constituintes da sociedade, para melhor satisfazer as necessidades individuas e coletivas de vários setores de sua população, entendendo que a cidade é produto de um determinado contexto histórico e que ela não é estável, sempre sofrendo transformações.  Por tal complexibilidade não deve mais ser caracterizada como um modelo ideal a ser concebido por somente urbanistas ou arquitetos.  
O urbanismo definiu-se então como uma forma de estudar, entender, planejar, gerir, intervir, organizar e solucionar problemas urbanos, mas de forma que contemple as diversas necessidades da cidade, utilizando-se da ciência e da técnica.
Desde a concepção dos primeiros planos urbanos umas das maiores mudanças são em relação à acessibilidade que praticamente inexistia e agora recebe uma atenção maior, ao fato do carro não ser mais a prioridade, com a vinda do conceito da americana Jane Jacobs; valorizando ruas, pedestres e bairros mistos, e aos conceitos de cidade sustentável; como melhoria do ar, utilização de ciclovias, mudança nos hábitos de consumo, redução de impactos ambientais, reuso e reciclagem. Com esses novos conceitos podemos imaginar que a cidade melhore, só temos que torcer para que a aplicação dessas melhorias realmente aconteça.

Ana Gabriela S. Reis

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quem produz o espaço urbano


Os agentes que fazem e refazem o espaço urbano são:

Os proprietários dos meios de produção ( Industria e Comércio).  Estes apresentam-se como grandes consumidores do espaço, necessitam de infra-estrutura e modelam a cidade.
Os proprietários fundiários são os que estão interessados no valor da troca em sobreposição ao valor do uso da terra e que fazem com que a terra tenha o uso mais remunerador possível.
Os Promotores imobiliários realizam a gestão do capital na fase de sua transformação em mercadoria, em imóvel, possuem desinteresse na produção de habitações populares, devido à baixa renda dos mesmos.
O Estado atua como proprietário fundiário, mantêm terras públicas como reserva fundiária para uso futuro, ou mesmo para negociações com outros agentes sociais;
Através de implantação e manutenção de infra- estrutura os imóveis das áreas mais nobres tornam-se cada vez mais valorizados, aumentando a segregação residencial das cidades capitalistas.
Por último, os grupos sociais excluídos que fazem parte da produção do espaço, são vitimas da segregação sócio espacial e que possuem sintomas da exclusão. Esse grupo sofre com a violência, a falta de habitação em boas condições, doenças causadas pelas péssimas condições do meio onde vivem, o baixo nível de escolaridade e o desemprego.


  Figura 1: Alphaville ( Proprietários Fundiários)


Figura2: Favela ( Grupos sociais Excluidos)


Da observação da paisagem urbana depreende-se dois elementos fundamentais: o primeiro diz respeito ao “espaço construído, imobilizado nas construções; o segundo diz respeito ao movimento da vida.
O primeiro aspecto que chama a atenção quando se observa a paisagem urbana é o choque dos contrastes, das diferenças. Contrastes de tipo e diversidade de utilização da cidade (uso do solo).
Tais diferenciações baseiam-se no fato de que o espaço urbano é antes mais nada que uma concentração de pessoas exercendo, em função da divisão social, uma serie de atividades concorrentes ou complementares, desencadeando uma disputa de uso.
Por outro lado, a produção do espaço urbano fundamenta-se num processo desigual; logo, o espaço deverá, necessariamente, refletir essa contradição.
No caso do uso produtivo do espaço, este será determinado pelas características do processo de reprodução do capital; é o caso da localização da indústria apoiada pelas atividades financeiras, comerciais, de serviços e de comunicação.
Entretanto, o modo de utilização será determinado pelo valor que, em seu movimento, redefine constantemente a dinâmica do acesso ao solo urbano.
No caso das grandes cidades, por exemplo, ocorre geralmente a deterioração do centro/ou das áreas centrais que passam a ser ocupadas por casas de diversão noturna, pensões, hotéis de segunda classe, zonas de prostituição. Isso faz com que os chamados “bairros ricos”, localizados perto das áreas centrais, sofram uma mudança para áreas privilegiadas  mais afastadas, surgindo os Barrios jardins, as chácaras, os condomínios fechados.
A população mais pobre também procura as áreas mais distantes, mas por outros motivos: os terrenos são mais baratos, falta infra-estrutura e existe a possibilidade de autoconstrução.

Luany Saviatto






 

Situação do Trânsito Brasileiro

Como todos já sabem, o transito do Brasil não é nem um pouco bom, este fato deve se a falta de planejamento urbano, como por exemplo, na cidade de São Paulo, onde o tráfego não acompanha o crescimento populacional, fazendo com que haja mais carros e menos vias. Para que esse planejamento tenha sucesso é preciso, fazer um estudo quanto aos costumes e cultura da sociedade que mora ali. Outro problema que ocorre na cidade são os alagamentos, que ocorrem até mesmo em vias principais, uma solução para isso seria ter menos ruas de asfalto, e mais ruas de calçamento que ajudam a absorver a água, e lá quase todas são asfaltadas. Essa falta de planejamento é um grande problema porque não afeta só o transito, mas acarreta em muitos outros problemas, sendo estes, favelização, enchentes, falta de arborização...  Estas favelas possuem, sistema viário e infra-estrutura precária, para pessoas com maior poder requisitivo, os favelados são apenas pessoas sem opinião, sendo que essa população cresce cada vez mais. Um fato que não podemos negar, é que a população que não vive ali, ficam cada vez mais com medo e insegurança de morar em lugar perto das favelas, por isso muitas dessas pessoas procuram lugares mais seguros para morar e educar sua família, fazendo com que estas procurem condomínios fechados para viver. Os maiores condomínios possuem uma pequena cidade dentro dele, onde a pessoas consegue viver sem sair ai de dentro, e com segurança de mandar seus filhos a escola, pois sabem que não é qualquer um que pode entrar ali, esse é um dos aspectos positivos desses condomínios, claro que em cidades, onde o risco não é tão grande, esse tipo de moradia poderia apenas atrapalhar o convívio das pessoas. Afastando-as das pessoas que moram no seu bairro, e fazendo com que as pessoas de classe baixa sintam-se mais excluídas. Quem poderia optar por fazer ou não este tipo de construção seria a população da cidade, pois há algumas que realmente não necessitam desses edifícios. Mas para que uma proposta desse tipo possa ser posta em pratica, seria necessário uma transformação no plano diretor da cidade, e no código de obras, variando de cidade para cidade. O plano diretor é um conjunto de regras que regulamento como a cidade deve se portar. Sendo que a maior intenção do planejamento urbano, junto com o plano diretor é em função, de uma qualidade de vida melhor para a população.

Indara O. Fernandes

Condomínios Fechados e a Cidade Sustentável

Áreas extensas, urbanizadas, privadas e isoladas do seu entorno por muros, dirigidos principalmente para as altas classes sociais devido o seu alto custo, com total segurança, infra-estrutura e diversos outros serviços, onde as residências voltam-se para dentro e não para as ruas, esse é um breve conceito dos condomínios fechados que vêm gerando polêmica pela fragmentação social que o mesmo causa.
            Com a violência aumentando a cada dia, o medo torna-se um dos grandes motivos da procura por condomínios fechados, as pessoas querem se proteger e acabam se excluindo, mesmo que sem a consciência disso, promovem um isolamento em relação ao restante da sociedade. A segurança realmente existe nesses tipos de habitações, mas com um custo alto, e acaba sendo uma espécie de prisão para quem habita, com monitoramento 24 horas por dia.
Sem relação com o exterior, pois há desde mini-mercados a escolas infantis e lojas, o morador perde a convivência com o bairro e a cidade, pois geralmente os mesmos localizam-se distantes do centro, obrigando o uso do automóvel em todas as ocasiões. E essa distância força a implantação de infra-estrutura, para o beneficio apenas dos grandes empreendedores.
Na prática no Novo Urbanismo, cujo mesmo está sendo implantado em Pedra Branca, Santa Catarina, a integração das classes sociais é um dos aspectos mais importantes para esse movimento, onde também há a busca da qualidade de vida, porém com maior integração entre as pessoas, criando bairros com estrutura tradicional, tendo a rua como local de convivência, edificações mistas para diminuição do uso do automóvel, priorização do pedestre com melhorias na pavimentação e calçadas, entre outros benefícios. Essas melhorias mesmo que sendo idéias internacionais, podendo não se adaptar aos nossos costumes, nos confia à expectativa de melhor condição de vida para as diferentes classes sociais.
Essa prática tem relação com a idéia da Cidade Sustentável, porém uma cidade para ser sustentável precisa de muito mais requisitos, como preservação do patrimônio cultural juntamente com a preservação dos recursos naturais, planejamento urbano, melhoria nos transportes públicos, entre outros. No Brasil ainda não existe uma cidade sustentável, pois o crescimento é muito desordenado, no entanto as perspectivas aumentam com a criação da Lei Federal do Estatuto da Cidade onde os municípios com mais de vinte mil habitantes precisam implantar um plano diretor elaborado com a participação da comunidade.
A Lei do Estatuto da Cidade prevê uma série de benefícios para a organização das cidades, que se implantadas juntamente com a conscientização, o trabalho e a vontade dos governantes e da população, a Cidade Sustentável se tornará real, proporcionando qualidade de vida a todos.



Talita Fraga Rinaldi

Planejamento Urbano


Planejar o espaço urbano consiste em organizar a cidade de acordo com as necessidades de seus habitantes, conhecendo os erros do passado que levaram até situação presente, podendo assim influenciar, mas não controlar a construção do futuro da urbe.
            Controlar o crescimento urbano é de certo modo uma missão impossível, já que cada individuo influencia (alguns mais que outros) no espaço da cidade, e cada modificação resultante estimula novas mudanças nesse mesmo espaço, que ao interagir com a macro área proporciona muitos resultados imprevisíveis. Especulação imobiliária e a favelização são exemplos de intercessão dos habitantes.
            A pratica projetual do urbanismo mostra como o micro espaço controlado pode moldar o espaço fora do mesmo. Ao criar um espaço atrativo para o comércio, em uma área com lotes vazios, por exemplo, é uma maneira de valorizar e estimular a ocupação dos arredores, sendo assim um ótimo método para se ter um certo controle.
            As leis do uso do solo, em conjunto com o plano diretor, são ferramentas determinantes no planejamento urbano, que baseados em uma série de estudos (condicionantes físicos, valores culturais contemporâneos, balanço econômico entre outros) impõe regras de ocupação. Infelizmente ambas estão sujeitas a influência de terceiros, que ao colaborarem com os “projetos” políticos acabam sendo estes também fatores condicionantes de crescimento. 


Guilherme H. S. Darui

Expansão Colonial

No Brasil, entre o ano do descobrimento até o ano de 1750, ano do Tratado de Madri, a área habitada aumentou em mais de duas vezes por conseqüência das chegadas de muitos colonizadores que por sua vez proporcionaram um grande desenvolvimento econômico nas próprias colônias. No século XVI não houve um crescimento muito acentuado dos povoados a concentração maior nessa época se limitava nas áreas litorâneas do nordeste e sudeste. No século seguinte houve a implantação de diversas atividades produtivas, e como o Estado iniciou uma ação mais afetiva no combate a beligerância dos nativos, resultou na expansão para o interior do país, e depois para todo o território. Essas colônias eram vistas como instrumentos geradores de riquezas para as metrópoles européias que tinha o domínio, e as organizavam de acordo com política econômica do mercantilismo, tendo como objetivos o fortalecimento do Estado nacional e a acumulação de riquezas monetárias que eram destinadas a burguesia européia.
  Mas como eram essas cidades originadas dos povoados? Bom, essas cidades que surgiram das colônias, basicamente se dividiam em duas partes. Na cidade alta localizava-se a nobreza, as igrejas, as escolas dos padres, conventos e a residência dos governantes, e eles tinham domínio de toda a cidade “baixa”. Os elementos urbanísticos correspondiam às exigências do traçado orgânico funcional, ou seja, apesar das ruas serem estreitas e curvilíneas e na maioria das vezes sem a presença de calçadas, apresentam uma certa funcionalidade, até porque ligavam sempre pontos de interesse social, como a praça, a igreja, as lojas. Todos os lotes tinham uma fachada frontal, virada para a rua, consequentemente tinham frentes e fundos estreitos, e lateral bem extensa. A tipologia das casa não mostrava grandes variação e eram dispostas em uma certa linha, para que todas ficassem alinhadas. As primeiras cidades nasceram nos litorais, crescendo de uma forma quase que desordenada, muitas vezes construída conforme o relevo natural de cada localidade. Não havia indústria nem imprensa, o que se tinha era uma vocação econômica notadamente mercantil. Nela, tudo se vendia e tudo se comprava. Era o espaço do grande comércio de exportação de mercadorias da Colônia e de importação de escravos. Não havia esgoto, os dejetos eram transportados pelos escravos em tonéis denominados tigres. Por causa das péssimas condições de higiene, as cidades eram freqüentemente assoladas por febres e endemias. Não havia transporte público; as famílias mais abastadas transitavam em carruagens.
  No século XVIII iniciou-se a Revolução Industrial, que trouxe grandes transformações, não só na economia mas como no urbanismo das cidades. Todos os tipos de povos chegaram às cidades em busca de emprego e a expansão aumentou gradativamente ocasionando um grande inchaço nas cidades. As condições de moradia levando em conta principalmente a higiene, se tornaram muito precárias. As ruas se tornaram mais estreitas e sem nenhum cuidado, pois o importava era o trabalho e os lucros. Assim iniciou-se a desigualdade social, onde os burgueses que já se localizavam na cidade foram para um lado, e os trabalhadores e imigrantes para outro.
   Para que as novas cidades crescessem corretamente, contendo tudo o que precisa para que haja um bom funcionamento e convívio, o projeto e o planejamento urbano foram essenciais. Só assim é possível que uma cidade cresça sem problemas, contendo os equipamentos necessários para um bom convívio. O planejamento de locais de lazer, como praças, parques, delimitação áreas centrais, comerciais e periferias e também da infra-estrutura, por exemplo, são essenciais em uma cidade. Só assim que quase se extinguiu alguns problemas que surgiram em cidades que nasceram livremente ou desordenadamente.
    E em alguns anos atrás, as cidades tiveram que seguir o plano diretor, instrumento que determina o desenvolvimento de cada cidade. É ele que dita as leis e comanda a ocupação e a delimitação de cada área, visando uma melhor qualidade de vida a todos os moradores.


Charles Heinzen