segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Paisagem Urbana
                                                            Figura 01: Cidade de New York.

Trata-se de um conjunto de elementos, que vem desde o uso do solo, do planejamento, e da execução que são edificações ou não, tendo um resultado na aplicação das regulamentações e nas sucessivas transformações ao longo do tempo, que definem o caráter de um local dentro de uma cidade. Os aspectos são dependentes da expressão e da estética que envolve coerência e organização. Todas as construções apresentam uma característica urbana, por exemplo, os edifícios, as ruas e os espaços constituem em um ambiente urbano que faz ligação aos aspectos urbanos. Cada cidade apresenta um aspecto urbano e único, assim como sua paisagem. Nas grandes construções de casas, prédios e edifícios normalmente são de concreto, porém nada impede que toda e qualquer pessoa tenha ao menos um pé de árvore, em seu jardim. Nos diversos núcleos urbanos a integração, apesar da intensa transformação que sofreram nas últimas décadas, pode ser encontrada exemplos arquitetônicos, isolados ou em conjuntos, que marcam as diversas fases da ocupação, identificando-se traços comuns. Com isso a paisagem urbana retrata formas em seu desenvolvimento: formas de Silhueta e skyline. São nesses estilos que as cidades se descortinam ao nosso olho, demonstrando como foi planejada e projetada.Um atributo importante no desenvolvimento das cidades, muitas vezes negligenciado, é o cuidado com as áreas verdes. Como a transformação da paisagem continua em ritmo acelerado, cada vez mais se perdem importantes espaços naturais ou os que ainda restantes tornam-se verdadeiras ilhas dentro da cidade. Muitos programas de desenvolvimento são criados para buscar a melhoria da qualidade de vida no meio urbano. Isso significa, necessariamente, a melhoria do meio ambiente e do equilíbrio ambiental nas áreas verdes que são elementos cruciais para alcançar o objetivo que é a ligação do meio ambiente com as construções para resultar em uma bela paisagem urbana.  

Figura 02: Favela da Rocinha - RJ.

 Priscila Pacheco

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Urbanismo

Com o final do século XIX, período pós- revolução industrial, no qual as cidades européias quase triplicam de habitantes, surgem inúmeros problemas nas cidades, que não conseguem atender as necessidades básicas para uma vida saudável, as cidades tornam-se cada vez mais insalubres e congestionadas.
Nesse contexto surge o urbanismo, para estudar entender e solucionar problemas urbanos. Num primeiro momento ele é caracterizado por tratar mais da insalubridade, conhecido como: “urbanismo sanitarista”.
Como uma solução para esses problemas, arquitetos criaram planos urbanos, como Tony Garnier, Ebenezer Howard, Le Corbusier, esses, muitas vezes utópicos, definindo o que eles acham ideal para uma cidade sem levar em consideração o aspecto tão amplo que a caracteriza.
O planejamento urbano atual engloba vários membros constituintes da sociedade, para melhor satisfazer as necessidades individuas e coletivas de vários setores de sua população, entendendo que a cidade é produto de um determinado contexto histórico e que ela não é estável, sempre sofrendo transformações.  Por tal complexibilidade não deve mais ser caracterizada como um modelo ideal a ser concebido por somente urbanistas ou arquitetos.  
O urbanismo definiu-se então como uma forma de estudar, entender, planejar, gerir, intervir, organizar e solucionar problemas urbanos, mas de forma que contemple as diversas necessidades da cidade, utilizando-se da ciência e da técnica.
Desde a concepção dos primeiros planos urbanos umas das maiores mudanças são em relação à acessibilidade que praticamente inexistia e agora recebe uma atenção maior, ao fato do carro não ser mais a prioridade, com a vinda do conceito da americana Jane Jacobs; valorizando ruas, pedestres e bairros mistos, e aos conceitos de cidade sustentável; como melhoria do ar, utilização de ciclovias, mudança nos hábitos de consumo, redução de impactos ambientais, reuso e reciclagem. Com esses novos conceitos podemos imaginar que a cidade melhore, só temos que torcer para que a aplicação dessas melhorias realmente aconteça.

Ana Gabriela S. Reis

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Quem produz o espaço urbano


Os agentes que fazem e refazem o espaço urbano são:

Os proprietários dos meios de produção ( Industria e Comércio).  Estes apresentam-se como grandes consumidores do espaço, necessitam de infra-estrutura e modelam a cidade.
Os proprietários fundiários são os que estão interessados no valor da troca em sobreposição ao valor do uso da terra e que fazem com que a terra tenha o uso mais remunerador possível.
Os Promotores imobiliários realizam a gestão do capital na fase de sua transformação em mercadoria, em imóvel, possuem desinteresse na produção de habitações populares, devido à baixa renda dos mesmos.
O Estado atua como proprietário fundiário, mantêm terras públicas como reserva fundiária para uso futuro, ou mesmo para negociações com outros agentes sociais;
Através de implantação e manutenção de infra- estrutura os imóveis das áreas mais nobres tornam-se cada vez mais valorizados, aumentando a segregação residencial das cidades capitalistas.
Por último, os grupos sociais excluídos que fazem parte da produção do espaço, são vitimas da segregação sócio espacial e que possuem sintomas da exclusão. Esse grupo sofre com a violência, a falta de habitação em boas condições, doenças causadas pelas péssimas condições do meio onde vivem, o baixo nível de escolaridade e o desemprego.


  Figura 1: Alphaville ( Proprietários Fundiários)


Figura2: Favela ( Grupos sociais Excluidos)


Da observação da paisagem urbana depreende-se dois elementos fundamentais: o primeiro diz respeito ao “espaço construído, imobilizado nas construções; o segundo diz respeito ao movimento da vida.
O primeiro aspecto que chama a atenção quando se observa a paisagem urbana é o choque dos contrastes, das diferenças. Contrastes de tipo e diversidade de utilização da cidade (uso do solo).
Tais diferenciações baseiam-se no fato de que o espaço urbano é antes mais nada que uma concentração de pessoas exercendo, em função da divisão social, uma serie de atividades concorrentes ou complementares, desencadeando uma disputa de uso.
Por outro lado, a produção do espaço urbano fundamenta-se num processo desigual; logo, o espaço deverá, necessariamente, refletir essa contradição.
No caso do uso produtivo do espaço, este será determinado pelas características do processo de reprodução do capital; é o caso da localização da indústria apoiada pelas atividades financeiras, comerciais, de serviços e de comunicação.
Entretanto, o modo de utilização será determinado pelo valor que, em seu movimento, redefine constantemente a dinâmica do acesso ao solo urbano.
No caso das grandes cidades, por exemplo, ocorre geralmente a deterioração do centro/ou das áreas centrais que passam a ser ocupadas por casas de diversão noturna, pensões, hotéis de segunda classe, zonas de prostituição. Isso faz com que os chamados “bairros ricos”, localizados perto das áreas centrais, sofram uma mudança para áreas privilegiadas  mais afastadas, surgindo os Barrios jardins, as chácaras, os condomínios fechados.
A população mais pobre também procura as áreas mais distantes, mas por outros motivos: os terrenos são mais baratos, falta infra-estrutura e existe a possibilidade de autoconstrução.

Luany Saviatto






 

Situação do Trânsito Brasileiro

Como todos já sabem, o transito do Brasil não é nem um pouco bom, este fato deve se a falta de planejamento urbano, como por exemplo, na cidade de São Paulo, onde o tráfego não acompanha o crescimento populacional, fazendo com que haja mais carros e menos vias. Para que esse planejamento tenha sucesso é preciso, fazer um estudo quanto aos costumes e cultura da sociedade que mora ali. Outro problema que ocorre na cidade são os alagamentos, que ocorrem até mesmo em vias principais, uma solução para isso seria ter menos ruas de asfalto, e mais ruas de calçamento que ajudam a absorver a água, e lá quase todas são asfaltadas. Essa falta de planejamento é um grande problema porque não afeta só o transito, mas acarreta em muitos outros problemas, sendo estes, favelização, enchentes, falta de arborização...  Estas favelas possuem, sistema viário e infra-estrutura precária, para pessoas com maior poder requisitivo, os favelados são apenas pessoas sem opinião, sendo que essa população cresce cada vez mais. Um fato que não podemos negar, é que a população que não vive ali, ficam cada vez mais com medo e insegurança de morar em lugar perto das favelas, por isso muitas dessas pessoas procuram lugares mais seguros para morar e educar sua família, fazendo com que estas procurem condomínios fechados para viver. Os maiores condomínios possuem uma pequena cidade dentro dele, onde a pessoas consegue viver sem sair ai de dentro, e com segurança de mandar seus filhos a escola, pois sabem que não é qualquer um que pode entrar ali, esse é um dos aspectos positivos desses condomínios, claro que em cidades, onde o risco não é tão grande, esse tipo de moradia poderia apenas atrapalhar o convívio das pessoas. Afastando-as das pessoas que moram no seu bairro, e fazendo com que as pessoas de classe baixa sintam-se mais excluídas. Quem poderia optar por fazer ou não este tipo de construção seria a população da cidade, pois há algumas que realmente não necessitam desses edifícios. Mas para que uma proposta desse tipo possa ser posta em pratica, seria necessário uma transformação no plano diretor da cidade, e no código de obras, variando de cidade para cidade. O plano diretor é um conjunto de regras que regulamento como a cidade deve se portar. Sendo que a maior intenção do planejamento urbano, junto com o plano diretor é em função, de uma qualidade de vida melhor para a população.

Indara O. Fernandes

Condomínios Fechados e a Cidade Sustentável

Áreas extensas, urbanizadas, privadas e isoladas do seu entorno por muros, dirigidos principalmente para as altas classes sociais devido o seu alto custo, com total segurança, infra-estrutura e diversos outros serviços, onde as residências voltam-se para dentro e não para as ruas, esse é um breve conceito dos condomínios fechados que vêm gerando polêmica pela fragmentação social que o mesmo causa.
            Com a violência aumentando a cada dia, o medo torna-se um dos grandes motivos da procura por condomínios fechados, as pessoas querem se proteger e acabam se excluindo, mesmo que sem a consciência disso, promovem um isolamento em relação ao restante da sociedade. A segurança realmente existe nesses tipos de habitações, mas com um custo alto, e acaba sendo uma espécie de prisão para quem habita, com monitoramento 24 horas por dia.
Sem relação com o exterior, pois há desde mini-mercados a escolas infantis e lojas, o morador perde a convivência com o bairro e a cidade, pois geralmente os mesmos localizam-se distantes do centro, obrigando o uso do automóvel em todas as ocasiões. E essa distância força a implantação de infra-estrutura, para o beneficio apenas dos grandes empreendedores.
Na prática no Novo Urbanismo, cujo mesmo está sendo implantado em Pedra Branca, Santa Catarina, a integração das classes sociais é um dos aspectos mais importantes para esse movimento, onde também há a busca da qualidade de vida, porém com maior integração entre as pessoas, criando bairros com estrutura tradicional, tendo a rua como local de convivência, edificações mistas para diminuição do uso do automóvel, priorização do pedestre com melhorias na pavimentação e calçadas, entre outros benefícios. Essas melhorias mesmo que sendo idéias internacionais, podendo não se adaptar aos nossos costumes, nos confia à expectativa de melhor condição de vida para as diferentes classes sociais.
Essa prática tem relação com a idéia da Cidade Sustentável, porém uma cidade para ser sustentável precisa de muito mais requisitos, como preservação do patrimônio cultural juntamente com a preservação dos recursos naturais, planejamento urbano, melhoria nos transportes públicos, entre outros. No Brasil ainda não existe uma cidade sustentável, pois o crescimento é muito desordenado, no entanto as perspectivas aumentam com a criação da Lei Federal do Estatuto da Cidade onde os municípios com mais de vinte mil habitantes precisam implantar um plano diretor elaborado com a participação da comunidade.
A Lei do Estatuto da Cidade prevê uma série de benefícios para a organização das cidades, que se implantadas juntamente com a conscientização, o trabalho e a vontade dos governantes e da população, a Cidade Sustentável se tornará real, proporcionando qualidade de vida a todos.



Talita Fraga Rinaldi

Planejamento Urbano


Planejar o espaço urbano consiste em organizar a cidade de acordo com as necessidades de seus habitantes, conhecendo os erros do passado que levaram até situação presente, podendo assim influenciar, mas não controlar a construção do futuro da urbe.
            Controlar o crescimento urbano é de certo modo uma missão impossível, já que cada individuo influencia (alguns mais que outros) no espaço da cidade, e cada modificação resultante estimula novas mudanças nesse mesmo espaço, que ao interagir com a macro área proporciona muitos resultados imprevisíveis. Especulação imobiliária e a favelização são exemplos de intercessão dos habitantes.
            A pratica projetual do urbanismo mostra como o micro espaço controlado pode moldar o espaço fora do mesmo. Ao criar um espaço atrativo para o comércio, em uma área com lotes vazios, por exemplo, é uma maneira de valorizar e estimular a ocupação dos arredores, sendo assim um ótimo método para se ter um certo controle.
            As leis do uso do solo, em conjunto com o plano diretor, são ferramentas determinantes no planejamento urbano, que baseados em uma série de estudos (condicionantes físicos, valores culturais contemporâneos, balanço econômico entre outros) impõe regras de ocupação. Infelizmente ambas estão sujeitas a influência de terceiros, que ao colaborarem com os “projetos” políticos acabam sendo estes também fatores condicionantes de crescimento. 


Guilherme H. S. Darui

Expansão Colonial

No Brasil, entre o ano do descobrimento até o ano de 1750, ano do Tratado de Madri, a área habitada aumentou em mais de duas vezes por conseqüência das chegadas de muitos colonizadores que por sua vez proporcionaram um grande desenvolvimento econômico nas próprias colônias. No século XVI não houve um crescimento muito acentuado dos povoados a concentração maior nessa época se limitava nas áreas litorâneas do nordeste e sudeste. No século seguinte houve a implantação de diversas atividades produtivas, e como o Estado iniciou uma ação mais afetiva no combate a beligerância dos nativos, resultou na expansão para o interior do país, e depois para todo o território. Essas colônias eram vistas como instrumentos geradores de riquezas para as metrópoles européias que tinha o domínio, e as organizavam de acordo com política econômica do mercantilismo, tendo como objetivos o fortalecimento do Estado nacional e a acumulação de riquezas monetárias que eram destinadas a burguesia européia.
  Mas como eram essas cidades originadas dos povoados? Bom, essas cidades que surgiram das colônias, basicamente se dividiam em duas partes. Na cidade alta localizava-se a nobreza, as igrejas, as escolas dos padres, conventos e a residência dos governantes, e eles tinham domínio de toda a cidade “baixa”. Os elementos urbanísticos correspondiam às exigências do traçado orgânico funcional, ou seja, apesar das ruas serem estreitas e curvilíneas e na maioria das vezes sem a presença de calçadas, apresentam uma certa funcionalidade, até porque ligavam sempre pontos de interesse social, como a praça, a igreja, as lojas. Todos os lotes tinham uma fachada frontal, virada para a rua, consequentemente tinham frentes e fundos estreitos, e lateral bem extensa. A tipologia das casa não mostrava grandes variação e eram dispostas em uma certa linha, para que todas ficassem alinhadas. As primeiras cidades nasceram nos litorais, crescendo de uma forma quase que desordenada, muitas vezes construída conforme o relevo natural de cada localidade. Não havia indústria nem imprensa, o que se tinha era uma vocação econômica notadamente mercantil. Nela, tudo se vendia e tudo se comprava. Era o espaço do grande comércio de exportação de mercadorias da Colônia e de importação de escravos. Não havia esgoto, os dejetos eram transportados pelos escravos em tonéis denominados tigres. Por causa das péssimas condições de higiene, as cidades eram freqüentemente assoladas por febres e endemias. Não havia transporte público; as famílias mais abastadas transitavam em carruagens.
  No século XVIII iniciou-se a Revolução Industrial, que trouxe grandes transformações, não só na economia mas como no urbanismo das cidades. Todos os tipos de povos chegaram às cidades em busca de emprego e a expansão aumentou gradativamente ocasionando um grande inchaço nas cidades. As condições de moradia levando em conta principalmente a higiene, se tornaram muito precárias. As ruas se tornaram mais estreitas e sem nenhum cuidado, pois o importava era o trabalho e os lucros. Assim iniciou-se a desigualdade social, onde os burgueses que já se localizavam na cidade foram para um lado, e os trabalhadores e imigrantes para outro.
   Para que as novas cidades crescessem corretamente, contendo tudo o que precisa para que haja um bom funcionamento e convívio, o projeto e o planejamento urbano foram essenciais. Só assim é possível que uma cidade cresça sem problemas, contendo os equipamentos necessários para um bom convívio. O planejamento de locais de lazer, como praças, parques, delimitação áreas centrais, comerciais e periferias e também da infra-estrutura, por exemplo, são essenciais em uma cidade. Só assim que quase se extinguiu alguns problemas que surgiram em cidades que nasceram livremente ou desordenadamente.
    E em alguns anos atrás, as cidades tiveram que seguir o plano diretor, instrumento que determina o desenvolvimento de cada cidade. É ele que dita as leis e comanda a ocupação e a delimitação de cada área, visando uma melhor qualidade de vida a todos os moradores.


Charles Heinzen

Urbanismo.

           A urbanização define-se pelo desenvolvimento das cidades, sendo um conjunto de medidas técnicas, administrativas, econômicas e sociais que visam ao desenvolvimento racional e humano das cidades.
          Nesse processo de urbanização desenvolve as definições de implantações de praças, edificações, residências, espaços públicos, áreas de lazer, avenidas, etc. A cidade quando bem planejada,  o desenvolvimento urbano segue de forma ordenada e poucos conflitos, porém quando esse crescimento é rápido demais e foge das propostas imposta pela urbanização da cidade, os problemas sociais se multiplicam gerando o que temos vimos com freqüência em cidades próximas: uso de áreas impróprias para moradias, criminalidade, desemprego, poluição, destruição do meio ambiente, poucas vegetações e mais pavimentações, entre outros. A cidade então tende a ficar em desordem.
         O tema de urbanismo é muito amplo, lembrando que para definir os espaços no qual já foi citado acima, temos que levar em consideração o Plano Diretor que são as leis municipais especificadas, cujo objeto é o planejamento municipal, mediante atividades e empreendimentos do Poder Público e das pessoas físicas e jurídicas, que leva em conta os anseios da população por um determinado tempo. Além disso, o Plano Diretor mostra como a cidade e a ocupação do solo deve ser ocupada e a infra-estrutura pública deve ser criada, melhorada ou expandida.  Contudo quando a cidade está em grande crescimento urbano tem a necessidade de fazer novos estudos sobre o Plano Diretor, principalmente nas áreas de urbanização, visando melhorias para cidade e população.
        Outro aspecto que o urbanismo engloba é a paisagem urbana que se relaciona com a estética da cidade, principalmente em forma de espaço público urbano como: ruas, calçadas, praças, equipamentos, vegetação, rios, etc. A concepção de paisagem urbana considera as demandas da cidade dentro da capacidade de oferta dos espaços, levando em conta fatores como a questão ambiental e o bem-estar da população.


 Letícia de O. May

Questão Habitação e Assentamentos Humanos


Habitamos um espaço de diversas formas, conforme a situação e disposição em que nos encontramos, nosso modo de ser, ver e de estar. Assim, o conceito de Habitação se dá pelo local onde o homem se desenvolve e supre suas necessidades. É neste ambiente que o ser humano encontra condições básicas de sobrevivência, ou seja, é seu refúgio contra os eventuais problemas naturais (ventos, chuvas), etc. Engloba nossas certezas através dos usos, espaços e objetos que escolhemos, ou não, ter ao nosso redor, não se resumindo assim, apenas à moradia.
Exatamente sob esta linha de pensamento, que inúmeras indagações começaram a surgir, diante da situação caótica que as grandes cidades se encontram. Um dos temas mais repercutidos por arquitetos, engenheiros, agrônomos, higienistas, cidadãos etc., é a Questão Habitação e Assentamentos Humanos.

Favela Rocinha - Rio de Janeiro

Exemplo claro que está se alarmando cada vez mais ao longo dos anos, são as habitações que se desenvolvem de forma desordenada em áreas irregulares, sobretudo, em morros. Ou seja, as chamadas favelas.
A primeira definição de que se tem conhecimento sobre o termo favela, foi publicada no Vocabulary of the Flash Language  (Vocabulário da linguagem vulgar) de 1812, na qual o termo era sinônimo da palavra racket, “estelionato” ou “comércio criminoso”. É desta forma que o local é visto, pois, de certa forma, o que acontece neste espaço, contribui para a marginalidade. Entretanto, se ações sociais fossem realizadas, esse teor diminuiria, pois, afastaria as crianças desse meio que é tão mal visto por todos. As pessoas que vivem nesse local fazem uso de uma moradia precária, onde o saneamento básico, coleta de lixo, áreas verdes são totalmente inexistentes, além de o sistema viário ser precário, acarretando assim, uma qualidade de vida extremamente baixa.
Ao contrário do que se julga o habitante da favela, na sua maioria, é gente boa que trabalha ou quer trabalhar. Não deseja ser favelado. Ali foi residir com o desejo de melhorar suas condições de vida e, conseqüentemente, abandonar aquelas áreas definitivamente. Com grande sacrifício, diante deste desejo, cerca de 30 ou 40% adquire seu terreninho fora da favela, aguardando o dia de poder construir sua casa.
É notável nas favelas de São Paulo, que sua população é flutuante, pois seus moradores nelas permanecem por tempo determinado. Ao contrário, no Rio de Janeiro, está o favelado radicado nos morros tradicionalmente conhecidos, como a Rocinha.
O favelado iludido por falsas promessas, em busca de empregos procura os grandes centros. Há os aliciadores que prometem a todo trabalhador, grandes vantagens, mas ao tirar-lhe o último centavo larga-o nas ruas dos grandes centros, jogado à própria sorte. Quando se depara com a realidade, já é um morador de favela, como não tem dinheiro, não pode pagar casa, luz, etc. É explorado também dentro das próprias favelas, onde pequeno grupo passa a usá-lo cobrando aluguel do barraco e outros serviços como água. No entanto, o preço é sempre acima do normal.
O mais novo habitante passa a viver na mais profunda tristeza e promiscuidade, sem o mínimo de conforto e higiene, e passa a ser visto como uma ameaça para a sociedade. A verdade é que dentro das favelas existem os maus elementos, cabendo a polícia escorraçá-los. É lastimável que a parte boa do favelado, nem sempre é divulgada. Entra em cena então, a Globalização e a Pobreza, que classifica a favela como uma réplica de sistema falido, agravando ainda mais as desigualdades existentes e a exclusão social.
O exemplo acima retrata o contrário do que o Planejamento Urbano prega, ou seja, a urbanização se dá de forma irregular e desordenada, agravando a situação dos moradores, e conseqüentemente, da sociedade em si. A sua ausência, afeta profundamente as cidades originando os caos urbanísticos de tais fluxos migratórios.
No entanto, é nítido perceber que o Estado se mostra como algo “fora de hipótese” em relação a essas áreas, não enfrentam essas ocupações irregulares e não buscam alternativas para criar uma cidade igualitária, de forma que esta englobe fatores como: sustentabilidade, contínua, entre outros, mas, sobretudo, uma cidade para todos. 
Uma cidade para todos
Ressalto que o espaço urbano está degradado, cabendo a sociedade agir corretamente, procurando soluções e alternativas para uma cidade sustentável. Visando assim, o bem comum para a sociedade e o espaço que a rodeia.


  
  Universidade do Sul de Santa Catarina
  Arquitetura e Urbanismo - 4° semestre
  Camila da Silva                        2010/2

APO de Espaços Urbanos

Para se ter uma avaliação pós-ocupação dos espaços urbanos, temos que ter plena consciência do que significa uma Paisagem urbana, bem como funciona a prática projetual, analisando também críticas de alguns autores como Jane Jacobs para por fim podermos dar uma análise completa deste tal espaço urbano.
Para inicio prefiro destacar o que significa a Paisagem Urbana como um todo. Segundo Gordon Cullen “é um conceito que exprime a arte de tornar coerente e organizado, visualmente, o emaranhado de edifícios, ruas e espaços que constituem o ambiente urbano.” (Paisagem Urbana 1961). E através deste conceito que podemos tirar as nossas próprias conclusões, nos levando a crer que Paisagem urbana nada mais é que, um conjunto de atividades que acabam tendo a necessidade de espaços urbanos para a execusão das mesmas.
Através das necessidades da população, os orgãos responsáveis pela criação de espaços de uso dos cidadãos, acabam criando projeto que para aquele momento será um grande feito para para as pessoas que precisam destes elementos, como praças, parques calçadões etc. Atrevés da formulação deste projeto, onde se desenvolve a prática projetual é onde se deve pensar os diversos usos que poderá existir nestes lugares, antes mesmo da ocupação no geral. Neste momento, quando se projeta o Arquiteto e Urbanista apenas imagina como será os usos, e delega os espaços.

Somente depois dos elemento criados e construidos dentro de uma cidade que se poderá análisar o que está ou não dentro das expectativas da população, bem como os seus usos. E é ai que entra as análises criticas como por exemplo as de Jane Jacobs, onde em seu livro Morte e Vida das grandes cidades, ela analisa espaços públicos e privados, nos mostrando alguns elementos marcantes na época do modernimos que segundo ela nao ajudam em nada para o desenvolvimento das cidades. Como grandes praças isoladas, sem uso da população, entre outro elementos.
Eis então o que seria uma APO de espaços Urbanos, seria uma avaliação pós-ocupação dos espaços urbanos, análisando em diversos horários e dias diferenciados os usos de um determinado local, como por exemplo um Parque. Primeiro item desta avaliaçao seria analisar os diversos tipos de usos que se tem dentro de uma parque, e em determinados horários, através de entrevistas com pessoas de faixas hetárias diferentes. Um conflito que por ventura poderia acontecer seria sempre ir anallisar em um determinado horário e em um dia em que o pessoal nao costuma frequentar os parques, como nas segundas feira.
Sendo assim, a APO de espaços Urbanos, nos ajuda avaliar se os projetos feitos estão sendo ou nao ultilizados na forma que projetamos, e se chegarmos as conclusão de que não, teremos a oportunidade de fazer mudanças, seguindo o que a população deseja.

Claudia Nunes Mateus.

Intervenções urbanas em áreas centrais da cidade

São intervenções para o bem estar e cultural da cidade. Propostas de melhorias em áreas urbanas e centrais de uma cidade. Intervém em obras, para ter maior funcionalidade, cuidando sempre com o objetivo principal do projeto. Esses projetos interferem na vida das pessoas, buscando o melhor para todos, mais nem sempre agradam.
Ha intervenções em estradas, edificações, bairros, favelas, em uma metrópole inteira. Concluídas servem para oferecer, lazer, conforto, cultura, turismo e dinheiro. Resolvem certos problemas urbanos e também a economia, porém, poderão ter conflitos, por meio das comunidades, órgãos governamentais (FATMA, IBAMA, IFAM), ONGs, associações populares (grupos sociais).
Essas construções mudam a cara da cidade, o espaço e sociedade. O espaço criado pela sociedade muda a cada momento, todos pensam em uma maneira de melhorar sua vida, todos querem aproveitar da melhor maneira possível, o que é oferecido.
Mas será que todos concordam com mudanças?
Tudo sofre mudança, uma por estética outrora pelo bolso. Pensando em crescimento econômico, a sociedade é respeitada?
Existe um plano diretor confiável e que não desagrade à vida privada? Talvez o deixar estar sirva para alguns casos.
Porém estamos cientes de intervenções que visavam somente à fortuna, não se preocuparam com o subúrbio, mais que deram certo. Hoje são belas cidades, agradando turismo e qualidade de vida.
Projetos éticos que são feitos e agradam a todos, visam à acessibilidade, ou seja, além de ter toda funcionalidade, o respeito também vem em primeiro lugar, dando condições a quem precisa, o fator de ir e vir, livre, sem preconceito e sem ter que participar de uma corrida de obstáculos.
Praças são revitalizadas, cidades urbanizadas visando lazer e uma mobilidade urbana considerável, com caminhos para passeio, ciclovias, o verde da moda, que trazem toda a integração com o bairro.
Para termos uma cidade, um país, uma área verdadeiramente sustentável, com tudo que é ecologicamente correto, há inúmeros projetos para isso, trabalhos, idéias no papel, mas que “só faltam”, o pessoal que “está por cima”, deixarem de ser em “cabeça dura” e aprovarem.



Átila Souza

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E IMPACTO URBANO

Em meados do Século XVIII, o planeta passa por uma transformação determinante para todo o sistema produtivo de então, que vislumbraria mudanças até hoje: Era a Revolução Industrial.
No mundo de então, o que determinava a riqueza era a milenar agricultura e o comércio em crescimento. O artesanato, fortalecido no renascimento, dá lugar a uma extensa e complexa cadeia produtiva. O artesão que antes possuía em mãos toda a rede de produção, todas as etapas, passa agora a encarregar-se de somente alguma destas. Forma-se a linha de produção gera-se emprego.
É nesse ambiente de crescimento de empregos, que uma decisiva nova ordem se impõe. As indústrias passam a ocupar o cenário urbano, e estes passam a ser atrativos para os pobres camponeses. A migração campo – cidade incha as cidades industriais, provoca desigualdade, miséria e pobreza.
A revolução industrial foi a responsável pela profunda modificação e evolução sofrida pelas cidades em tempos modernos. Esta, porém, não influenciou apenas nas indústrias, mas em um todo, como na agricultura, na comunicação, nos transportes, no urbanismo e nas próprias ideias da época.
Com um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia que permita maiores mercados é ao contrario desse cenário globalizado que se enxerga na Revolução Industrial.
A cidade industrial representa uma nova fase a cidade medieval. Esta, com suas ruas estreitas e tortuosas, e suas precárias condições de higiene, não tem estrutura alguma para resistir a indústria e os problemas que vem com ela.
A cidade estreita já não abriga mais a burguesia, que ao ver as condições de vida declinando, abandonam os centros antigos das cidades industriais e partem para novos bairros e subúrbios.
Neste cenário fica evidente que um aspecto muito importante no crescimento de uma cidade foi totalmente ignorado, ou seja, o planejamento urbano que é um processo de desenvolvimento de processos urbanos que buscam melhorar e revitalizar uma melhor qualidade de vida aos seus habitantes.
Com o núcleo urbano tomado pela burguesia, compete a periferia então a abrigar uma massa de pessoas em condições insalubres. Hoje em dia vivemos nessa realidade, onde os imigrantes nordestinos por exemplos se deslocam para metrópoles em busca de uma vida melhor, muitas sem expectativas e oportunidades se deslocam para os subúrbios das grandes cidades formando assim grandes favelas e problemas urbanísticos referentes ao nenhum planejamento urbano realizado ali.
Outro aspecto ignorado na época é a paisagem urbana, onde é um conceito que exprime a arte e tornar coerente e organizado, visualmente, o emaranhado de edifícios, ruas e espaços que constituem o ambiente urbano, sendo que as fábricas acabaram dominando o espaço urbano. Instalavam-se em pontos mais convenientes a elas, de acordo com suas necessidades de acesso a fontes de energia e matérias-primas, sem se importar se estavam ocupando o lugar de belas paisagens naturais.
Aconteceu o mesmo com as estações de caminhos de ferro. Tudo foi estabelecido sem qualquer plano orgânico, seguindo a lei do mínimo esforço, pois se considerava que tudo o que facilitasse a promoção industrial era em si mesmo bom para o bem-estar e progresso das nações. Mas tarde se viria a compreender como era errada uma implantação baseada numa visão simples e de curto alcance. A violenta apropriação do espaço levada a cabo pela indústria constituiu uma verdadeira catástrofe para a estrutura urbana, quando, afinal passada poucos anos já não representava qualquer vantagem para essa mesma indústria.
Fator também importante na localização dos centros fabris era o fornecimento de mão-de-obra, considerada praticamente uma “mercadoria” na época. Com o objetivo de baratear o preço dos produtos, normalmente os salários eram extremamente baixos. As quantidades de trabalhadores acabavam sendo mais importante do que uma boa organização da produção. Logo, as indústrias buscavam se instalar nas proximidades de grandes aglomerados populacionais. Isso aumentou a procura pelas cidades antigas (grandes capitais), ricas em “excedente populacional miserável”.
Ao mesmo tempo em que as fabricas e todos os seus estabelecimentos anexos ganham destaque na cidade industrial, os chamados bairros operários, são construídos em virtudes da necessidade de albergar a mão-de-obra. Ao principio estes bairro operários, a que os anglo-saxões chamam slums (por vezes traduzido ao português do Brasil como favela), desenvolveram com condições de vida verdadeiramente ínfimas. São uma das marcas que tiram a beleza da cidade industrial, uma pagina autenticamente sinistra nos anais da habitação do homem, um constante pesadelo para os filantropos e reformadores sociais.
Em bairros onde as condições de vida eram cruéis e onde a concentração operária atingia proporções elevadas, era lógico que o conflito social fermentasse.


Douglas Pereira

Espaço e sociedade

O urbanismo é um campo voltado ao ordenamento da cidade para alcançar uma melhor qualidade de vida para a população, surgindo no final do século XIX com a necessidade do planejamento e solução de cidades que sofriam com o aumento de população e que por conseqüência traziam más condições de vida para todos pela falta de organização. Através desta ciência, estudiosos e teóricos buscam uma cidade ideal, planejada de maneira que cumpra com suas funções sociais mediante princípios pré-estabelecidos. Entretanto, com o passar do tempo, o Urbanismo ultrapassou a esfera do ordenamento morfológico cabível a somente a arquitetos e urbanistas, abraçando também o campo da comunidade, que tem o papel primordial no planejamento da cidade, pois esta reflete o estado da sociedade nela expressa. O espaço urbano é resultado da sociedade que a cria e que a transforma a cada momento. A população deve estar envolvida energicamente nas questões de planejamento de suas cidades, pois o resultado vem para elas mesmas, não deixando somente nas decisões políticas que muitas vezes só vêem os seus interesses, como aconteceu em Nova York nos anos 30. Sem pensar na população, Robert Moses passou por cima de muitas construções para construir uma grande estrada que cortava Nova York, o que traria muitos benefícios econômicos na época, em detrimento da história das pessoas que foram retiradas do seu local sem nenhum respeito. O mesmo aconteceu aqui no Brasil, na década de 90, quando houve um projeto de revitalização do Centro Histórico de Salvador, o Pelourinho, onde as pessoas tiveram que deixar suas residências para transformá-las num espaço comercial, o que atrairia muitos turistas e aumentaria a economia e renome do local. Isso realmente aconteceu, economicamente as duas intervenções deram certo, pois Nova York seria um caos sem a estrada de Moses e o Pelourinho seria uma área cristalizada, sem chances de atrair mais turistas. Mas e todas as pessoas que tiveram que deixar suas casas em nome do progresso? Com certeza elas não ficaram satisfeitas em ter que deixar suas raízes forçadamente, o que é bastante entendível. Há sempre os dois lados da moeda, nem sempre todos sairão satisfeitos com as escolhas, por isso, é primordial que o maior número de pessoas, de diversos segmentos da sociedade, estejam envolvidos no planejamento para que seja mais fácil agradar majoritariamente a população. A produção do espaço urbano está em permanente transformação. O urbanista tem que ser capaz de formular cenários futuros sobre o espaço urbano, de modo a conseguir criar as melhores condições de vida nas cidades em parceria com o interesse da população, o que vai criar a paisagem urbana. Porém, poucas cidades brasileiras estão efetivamente empenhadas na recuperação das condições de vida urbana e um dos raros exemplos é Curitiba. Desde os anos 70, a capital paranaense mantém um processo de planejamento consistente. De maneira incipiente, outras metrópoles também se mostram alertas para a necessidade de combater seus problemas urbanísticos de acordo com os desejos e necessidades de suas populações. Deve-se abraçar o planejamento urbano e regional, habitação, gestão urbana, transporte público, estudos ambientais, desenvolvimento de comunidades, não se prendendo a aspectos puramente físico-territoriais ou estético-funcionais, pois o planejamento ultrapassa esses aspectos, necessitando dar atenção para as questões não somente econômicas, mas principalmente sociais.




Thaís de Aguiar Corrêa