quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Projeto e Planejamento Urbano


Uma dentre as várias ramificações na área do urbanismo, é o planejamento urbano; parte do urbanismo, responsável por planejar e distribuir várias áreas para uma cidade, como por exemplo a localização de praças, parques, zonas centrais, periféricas, e os inúmeros fatores e situações que podem ser encontradas em uma aglomeração urbana. Dessa forma, o planejamento urbano se torna essencial para o bom ou mau desenvolvimento da malha ou do desenho da cidade, que irá influir de várias formas na vida e evolução da mesma, como também de seus moradores.
            Ao ir mais afundo na questão de planejamento, pode-se analisar o exemplo de uma praça; em uma praça, o planejamento somente irá ditar questões como a localização dela, não terá nenhuma ligação com o “projeto” da praça, este sim, que deverá especificar todas as questões projetuais ligadas a ela. Com relação a essa pratica projetual em urbanismo, deve ser idealizado e realizado um projeto completo, desde questões como embasamento teórico, referencial projetual, levantamento de dados sobre o sítio onde a praça, ou outro equipamento, será locada, estudo sobre a população que estará utilizando o equipamento, e até o ato de projetar em si.
            Deve ser levado em consideração que a prática projetual e o planejamento urbano tem um papel fundamental, e podem influir muito na paisagem, e na morfologia urbana, e em casos do mau planejamento desses dois itens, um equipamento urbano pode ser subutilizado, marginalizado, e por fim, não ser bem aproveitado pelos seus usuários.
            Por fim, deve ser levado em consideração os fatores que o planejamento urbano e a prática projetual podem modificar na paisagem e na morfologia urbana. Primeiramente, deve ser entendido paisagem urbana como o conjunto de todos os elementos que compõem o cenário de uma cidade, desde os próprios edifícios e construções, árvores, ruas, praças, parques, estilo arquitetônico dos edifícios, numero de pavimentos dos mesmos, até as próprias pessoas, relações entre o construído e o natural. E  morfologia urbana pode ser entendida como a forma dos quarteirões, da malha da cidade ( orgânica, xadrez ), conhecer e saber interpretar esses itens sãoimportantes com relação ao planejamento e a pratica projetual, pois juntos, estes serão os principais fatores que compõem a cidade, eles a moldam, desde uma maneira mais geral e abrangente, do planejamento, até, de maneira bastante específica como na prática projetual.
            Como exemplo disso que já foi citado, pode-se analisar o parque do Ibirapuera, na cidade de São Paulo. A paisagem urbana da cidade é de muitos edifícios e arranha-céus, que se extendem quase infinitamente, até onde a vista humana alcalça, pode-se imaginar uma cidade caótica, porém, analisando o parque, no meio da cidade, é criada uma paisagem muito diferente: grandes espaços abertos, cercados por muita vegetação, áreas livres, apenas alguns edifícios. Pessoas, praticando todo e qualquer tipo de atividade, em um meio natural,  e não mais uma cidade confusa. Isso já é um exemplo de duas paisagens urbanas encontrada em uma só cidade. Mais um exemplo, ainda na cidade de São Paulo, é a praça Victor Civita, cercada de grandes edifícios, a praça é um espaço aberto, já não tão arborizado e pavimentado, que na maior parte do tempo permanece completamente vazio, sem a presença de nenhuma pessoa. Talvez esse fato esteja presente devido a uma falha no planejamento, pelos equipamentos nela instaladas,  qualquer outro elemento, ou o conjunto destes, que não chama a atenção das pessoas, que não as convida a passar algum tempo nela.
            Em resumo, é necessário perceber a importância da relação entre as várias formas de urbanismo. Os engajamentos presente entre essas partes precisam ser levados em consideração, e estarem presente ainda na fase de planejamento, visando sempre quais serão as conseqüências futuras que o que está sendo proposto causará no meio urbano onde ele está inserido, e para que não sejam criados espaços que não serão usufruídos pelas pessoas. Cada atitude relacionada ao urbanismo, está diretamente ou indiretamente ligada a outras questões, não é um fator isolado, e dessa forma, é preciso ter cuidado, e planejar os espaços, para que eles interajam uns com os outros, e para que seus usos estejam bem definidos, e de acordo com as necessidades a ele impostas, a fim de gerar ambientes que possam ser utilizados da melhor maneira possível.]

Tueilon de Oliveira

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