quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Expansão Colonial

No Brasil, entre o ano do descobrimento até o ano de 1750, ano do Tratado de Madri, a área habitada aumentou em mais de duas vezes por conseqüência das chegadas de muitos colonizadores que por sua vez proporcionaram um grande desenvolvimento econômico nas próprias colônias. No século XVI não houve um crescimento muito acentuado dos povoados a concentração maior nessa época se limitava nas áreas litorâneas do nordeste e sudeste. No século seguinte houve a implantação de diversas atividades produtivas, e como o Estado iniciou uma ação mais afetiva no combate a beligerância dos nativos, resultou na expansão para o interior do país, e depois para todo o território. Essas colônias eram vistas como instrumentos geradores de riquezas para as metrópoles européias que tinha o domínio, e as organizavam de acordo com política econômica do mercantilismo, tendo como objetivos o fortalecimento do Estado nacional e a acumulação de riquezas monetárias que eram destinadas a burguesia européia.
  Mas como eram essas cidades originadas dos povoados? Bom, essas cidades que surgiram das colônias, basicamente se dividiam em duas partes. Na cidade alta localizava-se a nobreza, as igrejas, as escolas dos padres, conventos e a residência dos governantes, e eles tinham domínio de toda a cidade “baixa”. Os elementos urbanísticos correspondiam às exigências do traçado orgânico funcional, ou seja, apesar das ruas serem estreitas e curvilíneas e na maioria das vezes sem a presença de calçadas, apresentam uma certa funcionalidade, até porque ligavam sempre pontos de interesse social, como a praça, a igreja, as lojas. Todos os lotes tinham uma fachada frontal, virada para a rua, consequentemente tinham frentes e fundos estreitos, e lateral bem extensa. A tipologia das casa não mostrava grandes variação e eram dispostas em uma certa linha, para que todas ficassem alinhadas. As primeiras cidades nasceram nos litorais, crescendo de uma forma quase que desordenada, muitas vezes construída conforme o relevo natural de cada localidade. Não havia indústria nem imprensa, o que se tinha era uma vocação econômica notadamente mercantil. Nela, tudo se vendia e tudo se comprava. Era o espaço do grande comércio de exportação de mercadorias da Colônia e de importação de escravos. Não havia esgoto, os dejetos eram transportados pelos escravos em tonéis denominados tigres. Por causa das péssimas condições de higiene, as cidades eram freqüentemente assoladas por febres e endemias. Não havia transporte público; as famílias mais abastadas transitavam em carruagens.
  No século XVIII iniciou-se a Revolução Industrial, que trouxe grandes transformações, não só na economia mas como no urbanismo das cidades. Todos os tipos de povos chegaram às cidades em busca de emprego e a expansão aumentou gradativamente ocasionando um grande inchaço nas cidades. As condições de moradia levando em conta principalmente a higiene, se tornaram muito precárias. As ruas se tornaram mais estreitas e sem nenhum cuidado, pois o importava era o trabalho e os lucros. Assim iniciou-se a desigualdade social, onde os burgueses que já se localizavam na cidade foram para um lado, e os trabalhadores e imigrantes para outro.
   Para que as novas cidades crescessem corretamente, contendo tudo o que precisa para que haja um bom funcionamento e convívio, o projeto e o planejamento urbano foram essenciais. Só assim é possível que uma cidade cresça sem problemas, contendo os equipamentos necessários para um bom convívio. O planejamento de locais de lazer, como praças, parques, delimitação áreas centrais, comerciais e periferias e também da infra-estrutura, por exemplo, são essenciais em uma cidade. Só assim que quase se extinguiu alguns problemas que surgiram em cidades que nasceram livremente ou desordenadamente.
    E em alguns anos atrás, as cidades tiveram que seguir o plano diretor, instrumento que determina o desenvolvimento de cada cidade. É ele que dita as leis e comanda a ocupação e a delimitação de cada área, visando uma melhor qualidade de vida a todos os moradores.


Charles Heinzen

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